Em determinados momentos ficámos paralisados... a vida bloqueada no passado... nesses momentos revivemos a dor e o sofrimento do que se perdeu... do que não se alcançou e desejou. É absurdo quando confrontado com a sua realidade o ser humano é incapaz de cortar com as amarras do passado e viver o seu momento presente. O medo de viver leva à teimosia de manter a sua vida no passado, em vez de olhar para o momento. Assim, acaba por não ver tudo o que a vida lhe está a oferecer, todas as possibilidades que poderia escolher que levariam para um novo caminho e novas descobertas. Esta sua forma de viver provoca um estado de ser deprimido, fica abafado em memórias, na maioria das vezes, tristes e a sua dificuldade de acreditar, leva a achar que essa é a única forma de viver.
Nos breves momentos que deixa o passado apenas projecta um futuro ameaçador, incapaz de acreditar na vida e na possibilidade de ter momentos felizes. O sentimento de ansiedade apodera o seu íntimo e apenas provoca a antecipação do holocausto. Estes momentos geram uma dor tão profunda que ainda bloqueiam mais as suas escolhas e o deixam paralisado pelo medo. Ao caminhar com o peso das incertezas e inseguranças, o ser humano apenas consegue flutuar na sua própria caminhada e, mais uma vez, não vive o momento.
O sentir-se deprimido e ansioso é muito comum e este estado é reflexo de um desequilíbrio emocional. Deste modo a nossa luta deveria ser de procurar olhar para o presente e viver o momento. É no presente que podemos viver e sentir todas as possibilidades da vida, é pelas nossas acções que construímos o nosso futuro. Quando conseguimos estar atentos ao presente somos capazes de enxergar tudo o que a vida nos pode proporcionar, as oportunidades estão mesmo ao nosso lado, mas se estivermos agarrados ao passado e às incertezas do futuro, acabámos por as perder.
E eis que surge o grande dilema... se eu não consigo viver o presente acabo toda a minha existência a viver no arrependimento: do que não vivi e não aproveitei... E neste lamento alimento o meu estado " a sentir-me deprimido" projectando um futuro igual ao passado... um futuro de tragédia e dor.
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