A escolha acarreta todo um caminho e a construção de uma vida... a verdade é que, muitas vezes, o ser humano entra em negação e prefere não tornar consciente este processo. Na terapia procurámos que a pessoa compreenda os seus padrões de comportamento, torná-la consciente do seu papel e do impacto das suas escolhas no presente e na construção do futuro. Contudo nem sempre é fácil agir mesmo quando já estamos conscientes de qual caminho seguir.
"Sabe eu sei que a minha relação não faz sentido, que não estou bem, contudo falta-me a coragem para agir, sinto-me paralisado. Parte porque tenho receio de sofrer, de me arrepender... e se não existe ninguém melhor?"
" Eu sei o que quero mas os meus pais não aceitam, eles acham que eu devia escolher/ aceitar aquela proposta de trabalho. Acabo por ficar angustiada porque não os quero decepcionar mas, ao mesmo tempo, eu não serei feliz naquele trabalho."
" Eu sei que estou a perder a oportunidade de ser feliz, infelizmente não consigo acreditar nele, acho que me vai magoar e estou cansada de sofrer. Sinto-me completamente bloqueada pelos meus medos e inseguranças"
Estes são alguns dos dilemas que servem de exemplo, mas que todos acabámos por a dada altura viver. A dificuldade de escolher, a incerteza que temos a dominar o nosso pensamento leva-nos a viver no limbo. Torna-se evidente a necessidade de sermos capazes de analisar e dar sentido aos nossos sentimentos. Descobrir que mudanças temos de desencadear em nós e na nossa vida para encontrar o nosso equilíbrio e conquistar o momento de Felicidade.
É na relação com o outro que conseguimos desencadear o processo que leva à escolha... nem sempre fácil de assumir, mas temos de forma consciente e responsável ser os construtores da nossa vida.
Ficar a pairar na vida negando a nossa essência, os nossos sentimentos só nos levará ao abismo e ao desencadear de mal estar físico e psicológico.
É uma luta permanente entre convicções, razões e emoções mas quem abandona acaba por não viver a plenitude da sua existência. Temos de ser corajosos e assumir o que queremos e capazes de aceitar as limitações das circunstâncias da vida. Sim, porque nem sempre a nossa escolha é o caminho que desejamos mas essa é a única possível perante as limitações da nossa própria vida e as impostas pelos outros que se cruzam connosco.
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